Prezados Amigos,
Sancionar o aumento salarial para os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi, na minha opinião, uma decisão equivocada por parte do Governo Michel Temer, que está prestes de deixar o Palácio do Planalto.
O texto sancionado pelo Presidente da República na tarde desta segunda-feira concedeu um reajuste de 16% para o vencimento dos Ministros do STF, que passarão a receber R$39 mil, ou seja, um aumento de R$6 mil para um salário que era anteriormente de R$33 mil, uma realidade completamente oposta de muitos brasileiros extremamente qualificados que na iniciativa privada possuem salários bem inferiores.
Para um Governo que ao longo dos últimos anos discursou por inúmeras vezes a favor do corte de gastos e do enxugamento da máquina pública, aprovar uma proposta que provavelmente terá um impacto bilionário para os cofres públicos não me pareceu uma decisão muito coerente, tendo em vista o delicado momento econômico que vivenciamos.
Acordar cedo pelas manhãs e encarar uma longa jornada de trabalho com o propósito de sustentar sua família, esta é a dura realidade de milhões de brasileiros que hoje recebem salário mínimo, uma remuneração mensal de apenas R$954,00.
Para ser justo com nossos trabalhadores fiz questão de votar em 2015 a favor da manutenção do veto presidencial que impediu o reajuste salarial para os Ministros do STF, pois em tempos de crise econômica o exemplo deve vir de cima, portanto não considero o reajuste salarial de servidores públicos que recebam acima de R$30 mil uma prioridade neste exato momento.
Além da manutenção do veto do aumento do judiciário, como parlamentar também apoiei a PEC dos gastos públicos, que estipulou um teto constitucional para qualquer despesa da União, por acreditar ser a melhor opção para o Brasil retornar o seu ritmo de crescimento.
Espero que a partir de 2019 possamos colocar em pauta propostas que de fato fortaleçam a nossa economia, para que todos os brasileiros também possam ser beneficiados com um aumento salarial digno de um país com um custo de vida como o Brasil.
Um fraterno abraço.
Respeitosamente,
Bilac Pinto
Deputado Federal