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Terça, 27 Novembro 2018 17:46

Entrevistado pela Rádio Súper Notícia, deputado Bilac Pinto fala sobre o atual momento político brasileiro

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Prezados Amigos,

Foi com grande satisfação que participei na manhã desta segunda-feira do quadro Café com Política, da Rádio Super Notícia FM, uma entrevista onde pude falar um pouco do atual momento político brasileiro, além das importantes reformas que serão debatidas pelo Congresso Nacional a partir de 2019.

Em tempos de crise política como esta que vivenciamos, é importante manter os cidadãos bem informados com a verdade, portanto agradeço imensamente aos jornalistas Rodrigo e Talita, como também a toda equipe da Rádio Super Notícia FM pela oportunidade de expor meus pontos de vista.

Um fraterno Abraço.

Bilac Pinto

Deputado Federal

 

frases

 

Leia na íntegra a entrevista abaixo:

 

1-     Quais suas expectativas para os novos governos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e do governador eleito, Romeu Zema?

No que se refere ao governo federal, nós temos participado no sentido de fazer com que a gente possa, em primeiro lugar, aprovar reformas que sejam estruturais para o nosso país. Nós temos três grandes despesas que estão onerando o desenvolvimento do país: a rolagem da dívida, o pagamento do funcionalismo público e o pagamento das aposentadorias. Nesse ponto, particularmente, o presidente Jair Bolsonaro tem se organizado muito, através de sua equipe econômica, para que possamos apresentar novamente um projeto de reforma da Previdência. Eu, inclusive, participei da comissão que estudou, elaborou e preparou um projeto para que fosse aprovado no atual governo, que, infelizmente por questões de ordem meramente política, não pôde ser aprovado. Então, eu acredito muito nessas reformas estruturais que ele terá que fazer. A sua equipe econômica é muito bem-preparada. São pessoas que têm um viés – vamos chamar assim – do mercado e, conceitualmente, também da diminuição do tamanho do Estado brasileiro. Nós vivemos hoje um paradoxo, uma grande inversão de valores. Os governos não têm servido à população efetivamente, por causa do tamanho de sua máquina pública. Nós perdemos a capacidade de investimento e na estruturação do nosso país. O Estado tem que fomentar isso. Hoje, lamentavelmente, o Estado brasileiro vive em função do seu funcionalismo público, onde ele consome, tanto com os que estão na ativa como os que estão na aposentadoria, grande parte desses recursos. Se nós não fizermos essa inversão de valores, nós vamos continuar patinando, como se diz naquele jargão popular, “amassando barro”. Então, eu acredito muito que o presidente Jair Bolsonaro, com sua equipe, com a estrutura que vem sendo montada, com seus ministros, terá muita perspectiva de fazer um grande governo. No que se refere ao governo do Estado de Minas Gerais, nós temos um quadro, ao meu ver, muito diferente. Você tem um governador que, de certa forma, não tinha nenhuma perspectiva de ganhar as eleições, mas ganhou, apoiado pelo Partido Novo, e nós, como mineiros, torcemos muito para que ele faça um bom governo. Agora, terá desafios pela frente. É preciso, eu digo sempre, agora que as eleições terminaram, é preciso descer do palanque e começar a ser a te um pouco mais de maturidade no enfrentamento dos problemas que ele terá para frente. É preciso tomar medidas concretas e objetivas para que o Estado possa também ter a capacidade de voltar a investir. Então, eu acredito que o governador eleito, Romeu Zema, terá grandes desafios pela frente. É preciso que ele tenha, acima de tudo, consciência disso. Uma aproximação com o Poder Legislativo, porque, dos 77 deputados eleitos, sejam de situação, de oposição ou de independência, foram também eleitos assim como ele. Então, é preciso que ele comece a entender esse funcionamento, porque toda boa ideia, toda concepção de trabalho passará, necessariamente, pelo parlamento mineiro, pela Assembleia Legislativa para que seja aprovado.

2-     No âmbito nacional, já são três ministérios do DEM, o que tem gerado até muito ciúme entre os partidos. Como o senhor avalia isso? Houve uma conversa para que esses ministérios fossem destinados ao DEM ou é uma questão de escolha de pessoas qualificadas, como Bolsonaro vem anunciando?

Eu parto da seguinte premissa. Primeiro, o presidente Jair Bolsonaro fez uma mudança nesse conceito de presidencialismo de colisão. Ele não está pegando os partidos para compor efetivamente a sua base, como foi feito nos governos passados e no atual, demonstrando que efetivamente isso não deu certo. Você vive uma política do troca-troca. É preciso mudar isso. É preciso mudar essa lógica. Ele vem pegando pessoas que representam segmentos dentro da sociedade brasileira. Por exemplo, a ministra da Agricultura. É um setor que movimenta hoje boa parte do PIB brasileiro. É uma pessoa que tem nome, que conhece e que já foi secretária da Agricultura. Então, a ministra Tereza (Cristina) terá capacidade de realmente fazer uma boa gestão. Ela, coincidentemente, está filiada ao DEM, mais um quadro excepcional. Você pega o deputado (Luiz Henrique) Mandetta, que hoje senta nos segmentos da área da Saúde, as Santas Casas, os hospitais filantrópicos. Ele também vem do DEM porque é um quadro que tem conhecimento, já foi secretário de Estado. Ele representa esse setor que, de certa maneira, o indicou. Não significa – isso é importante ressaltar – que o DEM fará parte da base de apoio do governo Bolsonaro. Porque são escolhas setoriais. O presidente Jair Bolsonaro está fazendo uma composição política dentro do parlamento, representando segmentos da sociedade que, de certa forma, têm representatividade.

3-     O senhor quer dizer que o DEM pretende se posicionar e forma independente? Que em determinados momentos pode votar contra o governo?

Eu acho que sim. Todo partido tem que ter independência. O fato de você ser base não significa que você tenha que votar todos os projetos que são enviados pelo governo. Nós temos uma missão que é muito importante. O DEM é um partido que tem missões programáticas. Nós vamos trabalhar com projetos. Aqueles projetos que forem do interesso do nosso país, nós vamos aprovar. Aqueles que nós julgarmos que não são do interesse do país, nos vamos ter a liberdade também de não votar ou votar contra esse projeto. Caberá aos partidos que compõem o centro político, independentemente de ser do centrão, compor a base política de sustentação do governo do presidente Bolsonaro.

4-     Rodrigo Pacheco, eleito senador por Minas Gerais, também é do DEM. O que o senhor, como deputado federal, espera dele?

O Rodrigo Pacheco, digo sempre, é uma grande revelação na vida pública do Estado de Minas Gerais. Eu vou até mais, é uma reserva moral que nós temos dentro de Minas Gerais. Infelizmente, a política, muitas vezes, tem determinados desencontros. Nós dizíamos sempre no início do processo eleitoral que essa eleição em Minas era uma eleição em que o eleitor não queria notar nem no PT nem no PSDB. O resultado demonstrou isso claramente. E o Rodrigo, se estivesse permanecido com sua candidatura, se não tivesse ocorrido o episódio com o ex-prefeito Marcio Lacerda – de ser vetado pela executiva nacional do seu partido, de ter mantido sua candidatura sub judice, se tivesse feito um aceno político com Rodrigo – talvez ele hoje fosse governador de Minas naturalmente. É um homem preparado, que foi eleito senador da República, é um dos quadros novos que nosso partido tem dentro e Minas Gerais e no país. Eu não tenho dúvida nenhuma, ele fará a diferença no senado Federal. Porque tem preparo, é independente. É um homem que aglutina. Quando fala, vende credibilidade. E é muito bem-articulado, sob o aspecto político. Eu estou muito otimista com relação ao sei mandato, à sua gestão frente ao nosso partido em Minas Gerais. E nós vamos organizar o partido nos 853 municípios do Estado de Minas Gerais.

Lido 1478 vezes Última modificação em Quinta, 29 Novembro 2018 15:40

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