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Segunda, 14 Setembro 2015 13:31

Custo de vida e desemprego reduzem renda dos brasileiros

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padrao vida brasileiro

 

Salários não acompanham a alta de preços e as prioridades das famílias se voltam para o básico

 

A crise está deixando o brasileiro mais pobre, seja pela redução do poder de compra em razão da inflação – o salário continua o mesmo, mas os preços só sobem –, seja pelo aumento do desemprego. Nas ruas, é comum ouvir pessoas reclamando que estão mais tristes, sem perspectiva e lutando para manter o básico dentro de casa. “Vivemos uma nova realidade do emprego e da renda. O brasileiro está menos próspero”, observa o coordenador do MBA de Finanças da Universidade Fumec, Alexandre Pires.

O rendimento médio das pessoas que trabalham nos setores de comércio e serviços em julho foi 3,6% e 1,9% menor, respectivamente, que em igual mês do ano passado, já descontada a inflação, conforme dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na indústria, a situação é pior. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) informa que, de janeiro a julho de 2015, as remunerações decresceram 7,5% na comparação com igual período de 2014. Com oferta menor de emprego e mais gente querendo trabalho, a tendência é que os salários oferecidos sejam menores, segundo o consultor financeiro Ewerson Moraes.

Na peleCarlos Fontes é um dos brasileiros que sabe bem o que é ter a renda reduzida em razão da crise. Ele está desempregado desde junho. Enquanto a oportunidade de recolocação não aparece, ele ajuda a mulher na microempresa e, ocasionalmente, trabalha como garçom. “A renda da família caiu. Afinal, não temos mais o meu salário, com um valor fixo todo o mês. Na empresa, que é de festas infantis, a demanda varia conforme o mês”, diz.

Milhões. Fontes não está sozinho, ele é um dos 8,354 milhões de pessoas que estão desempregadas no país, segundo dado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE. Aliada ao mercado de trabalho mais fraco, tem a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula, nos 12 meses finalizados em agosto, alta de 9,53%.

Briga

Difícil pedir aumento. No primeiro semestre, só 69% das negociações salariais analisadas pelo Dieese conquistaram aumentos reais. Mesmo assim, na faixa de até 1% de ganho.

 

Data de publicação: 14/09/2015

Matéria: Juliana Gontijo

Fonte: O Tempo - https://www.otempo.com.br/capa/economia/custo-de-vida-e-desemprego-reduzem-renda-dos-brasileiros-1.1112545

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