Desesperados e com medo de perderem seus empregos, sentimento causado pela recessão desenfreada que afetou a confiança de nossos investidores, trabalhadores e pais de família dobraram suas jornadas de trabalho para que pudessem sobreviver à crise, que deixa milhares de brasileiros desempregados todos os dias.
Embora o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo comprove que a arrecadação tributária já alcançou a marca de R$1,5 trilhão desde o início do ano, infelizmente não sentimos na pele os reflexos positivos de tais arrecadações, uma vez que nossas vias públicas encontram-se abandonadas; nossos sistemas de transporte público e portuário encontram-se defasados; nossa saúde pública encontra-se sucateada, recentemente anunciando o término do Programa Farmácia para Todos; nossa Educação encontra-se sem a infraestrutura adequada para formar futuros formadores de opinião e nossa agricultura sem recursos para incentivar pequenos produtores, fatores que com o decorrer do tempo geraram insatisfação coletiva e inúmeros questionamentos quanto à aplicação de recursos públicos para conclusão de objetivos partidários.
Uma vez mobilizados contra os aumentos abusivos de impostos, nossa sociedade começou a cobrar menos tributações e mais investimentos de nossas autoridades públicas, atitude que ao invés de gerar uma saudável discussão quanto a uma possível reforma tributária, acarretou em mais aumentos como vimos recentemente em Minas Gerais.
Para muitos mineiros a proposta de aumentar o ICMS, apresentada pelo atual governador Fernando Pimentel e irresponsavelmente aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, demonstra total autoritarismo por parte da atual administração petista, que mesmo ciente das dificuldades enfrentadas por comerciantes e cidadãos mineiros resolveu arrecadar ainda mais para apoiar o governo federal, atualmente endividado e totalmente sem credibilidade perante nossa sociedade.
Para o deputado federal Bilac Pinto nossa população deve cobrar mais resultados do poder público, e estas cobranças devem aumentar na mesma proporção que o aumento dos impostos, pois é muito fácil dizer que a crise é passageira sem explicar detalhadamente os reais fatores responsáveis pela recessão.
