Além deles, o Comando Nacional do Transporte, que se declara independente de sindicatos, já informou que fará um protesto no dia 9 de novembro. Os trabalhadores informam no comunicado que a manifestação tem apoio do Movimento Brasil Livre e do Vem Pra Rua.
Em nota, o líder do Comando, Ivar Luiz Schmidt, informou que a decisão se ampara principalmente no fato de que o governo não atendeu reivindicações fáceis de serem atendidas como, por exemplo, a anulação das multas referentes à manifestação passada.
O grupo mantém a mesma pauta de reivindicação de março, quando a maioria das rodovias do país tiveram o fluxo interrompido por bloqueios de caminhoneiros.
Entre as demandas do segmento, estão a redução do preço do óleo diesel, criação do frete mínimo e anulação das multas por causa das manifestações anteriores. Eles também pedem liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos, aposentadoria com 25 anos de contribuição e salário unificado em todo território nacional. “Somos a única categoria nesse país que trabalha, hoje, pelo mesmo valor há 10 anos”, disse Schmidt.
Em Minas. Nesta quinta, está prevista assembleia, por volta das 15h, em frente à Belgo Mineira, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, segundo o presidente do Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros, José Natan Neto. “É a partir daí que vamos decidir o que fazer. A princípio, pretendemos parar em dezembro”, contou Natan. Ele ressalta que qualquer manifestação precisa ser organizada e com notificação das autoridades competentes.
Natal afirmou que a situação atual dos caminhoneiros é grave. “A maioria está endividada, pois com a crise os fretes diminuíram”. E os valores pagos pelo frete deixam a desejar em razão do aumento dos custos, em especial, do óleo diesel.
O caminhoneiro Renato Martins de Almeida disse acreditar que em Minas é um dos últimos Estados que deve parar. “Pelo que sei, ainda não existe planejamento para parar”, observa.
EDITORIA DE ARTE |
Governo apresenta ponto de parada
Brasília. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apresentou nesta quarta o projeto-piloto de ponto de parada e descanso dos caminhoneiros na BR-116/PR/SC. A iniciativa é da concessionária responsável pelo trecho, Autopista Planalto Sul, em parceria com a Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc). O custo será de até R$ 20 milhões.
A área de estacionamento e transbordo de carga perigosa será utilizada como ponto de apoio e parada para caminhoneiros no Km 145 da BR–116, no trecho que liga Curitiba (PR) até a divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul (RS).
O projeto será submetido à aprovação da ANTT. Ao todo, serão 120 mil m² divididos em seis blocos, cada um deles com 21 vagas de estacionamento.
O local contará com equipamentos para atender veículos acidentados ou com algum tipo de vazamento com produto perigoso. Além dos cuidados com a carga, a proposta é implantar salas de apoio para a concessionária, ANTT e administração. Com 413 km, a BR-116/PR/SC foi concedida para a iniciativa privada em 2008, pelo período de 25 anos.
Data de publicação: 269/10/2015
Matéria: Juliana Gontijo
Fonte: O Tempo - https://www.otempo.com.br/capa/economia/caminhoneiros-v%C3%A3o-parar-o-pa%C3%ADs-1.1152808