Após diversas sessões que promoveram um amplo debate técnico conduzido com excelência pelo Deputado Federal Rogério Rosso, a Comissão do Impeachment aprovou, por 38 votos a favor, a abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, que será encaminhado nos próximos dias ao plenário da Câmara dos Deputados para votação nominal.
Desde que ingressei na vida pública procuro escutar todas as opiniões referentes a qualquer tema que necessite intervenção parlamentar, sempre analisando, e respeitando, com muita cautela, todos os pontos de vista por mais divergentes que sejam.
Durante os últimos dias, venho recebendo através das redes sociais inúmeras mensagens de apoio quanto à minha posição favorável ao impeachment, embora também receba algumas críticas por parte de uma pequena minoria. Gostaria de dizer à toda militância virtual do Partido dos Trabalhadores que não será repetindo o discurso de ódio utilizado por um partido atolado em denúncias de corrupção que os senhores contribuirão para o amadurecimento de nossa Democracia.
Fico perplexo com a maneira com a qual o Partido dos Trabalhadores aponta o defeito alheio, sem antes analisar com extrema cuidadosamente todos os erros já cometidos por eles, mesmos no passado quando votaram contra a Constituição de 1988 e a Lei de Responsabilidade Fiscal, posição hoje considerada como um verdadeiro GOLPE contra a criação de ferramentas e mecanismos que viabilizassem o processo de impeachment.
Acredito que chegamos a tal ponto que deveríamos deixar de lado nossas ideologias partidárias, abaixando as bandeiras políticas para que juntos possamos defender e lutar por um futuro melhor para nossa República. Infelizmente, estamos diante de um caos social criado por um governo esquerdista, que ao invés de propagar a união prefere incentivar e estimular o ódio entre as raças e classes sociais, seguindo assim a linha de países como a Venezuela que encontraram no populismo uma forma de manter-se eternamente no poder.
Embora respeite a opinião da defesa do governo Dilma Rousseff, representada pelo Advogado Geral da União, o Ministro José Eduardo Martins Cardozo, posiciono-me favorável ao processo de impeachment da presidente por acreditar que as pedaladas fiscais são crimes de responsabilidade contra a Lei Orçamentária. Outro ponto relevante avaliado e amplamente discutido durante a Comissão do Impeachment foi o fato do segundo mandato ser continuidade do primeiro, fazendo assim com que a presidente Dilma Rousseff respondesse sim, pelos erros cometidos durante o exercício de seu primeiro mandato na Presidência da República.
Não poderia deixar de agradecer a todos aqueles que em mim depositaram seus votos de confiança durante as últimas eleições, proporcionando-me a oportunidade de contribuir com meu voto favorável ao impeachment para que possamos, não somente seguir em frente, mas também gerar novas expectativas positivas para um futuro próximo.
Um forte abraço a todos.
Bilac Pinto
Deputado Federal
