Aécio diz que aliança não é com Cunha e sim com a sociedade
BRASÍLIA — Depois das declarações do líder do PT sobre o “clube do golpe”, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi cobrado diretamente pelo PT sobre a ligação dos tucanos com o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em torno do andamento do pedido de impeachment. Aécio respondeu que Cunha deve responder às “gravíssimas acusações” que recaem sobre ele, mas que a oposição não deve cair na armadilha de desviar do foco, que é o governo da presidente Dilma Rousseff. Interpelado pelo senador Linbergh Farias (PT-RJ) sobre a aliança entre o PSDB e Cunha, Aécio disse que a aliança do partido é com “70% da população”, que quer a saída da presidente Dilma do cargo.
Se derrubo Dilma, no dia seguinte vocês me derrubam, diz Cunha à oposição
Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (13) na residência oficial da Câmara, o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi direto com os líderes da oposição: "Se eu derrubo Dilma agora, no dia seguinte, vocês é que vão me derrubar", disse.
Na conversa pela manhã, Cunha ainda demonstrava desconforto em relação a nota da oposição, divulgada no último sábado, que defendia sua saída, mesmo o texto tendo sido negociado com ele. Em conversas mais reservadas, Cunha quer garantias de que conseguirá preservar o seu mandato.
Em discurso inflamado, Dilma diz não temer "golpismo"
Presidente discursou nessa terça (13) na abertura do Congresso da CUT; tentativas de instaurar processo de impeachment sem fato jurídico também foram condenadas pela chefe de governo
Num dos discursos mais duros desde que foi reeleita, a presidente Dilma Rousseff criticou os "moralistas sem moral" e "conspiradores" que tentam obter o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos.
Cunha diz que decisão do STF não muda papel dele sobre impeachment
Nesta terça, STF barrou rito definido por Cunha para eventual impeachment. Cunha afirmou que vai analisar maioria dos pedidos pendentes nesta terça.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comentou nesta terça-feira (13) a decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, de suspender o rito definido pelo deputado para um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para Cunha, a decisão do STF não muda o papel dele de deferir ou indeferir pedidos para o impeachment de Dilma.
Liminar do Supremo barra acordo de Cunha com oposição para abrir impeachment
Mandado de segurança impede que presidente da Câmara dite os ritos de tramitação do processo, mas não tira do peemedebista o poder de aceitar ou não os pedidos que receber
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki deferiu nesta terça-feira (13), de maneira liminar (provisória), o pedido feito pelo deputado do PT, Wadih Damous (RJ), em mandado de segurança para suspender o rito de tramitação do impeachment definido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com base no regimento interno da Casa. O deputado defende que o rito do impeachment depende da lei e não pode ser definido de "maneira autocrática pelo presidente da Câmara". Na prática, a decisão impede que Cunha defina sozinho o rito do processo de impeachment.
Planalto pedirá saída de Cunha se ele optar por impeachment
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto e o PT já dão como certo que, acuado pela revelação de suas contas na Suíça, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagirá deflagrando esta semana o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Por isso, após uma série de reuniões entre ministros na segunda-feira, decidiram partir para o confronto e advertir que, se Cunha levar adiante a ideia do impeachment, o PT pedirá o afastamento dele da presidência da Câmara e a abertura do processo de cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Casa.